quarta-feira, 28 de setembro de 2011

o todo está na parte. a parte está no todo. tudo está em tudo. por isso amo todas as plantas, ramos, pedras, pessoas, pássaros e objectos que conheci. eu sou também eles.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Afinal o que é real?

we are all human, after all

use me as long as you want... after all that's the purpose of life. people use people as long as they are usefull. sorry i've kept you waiting but for as long as I can remember that's the only thing I'm keen on. so let us be humans while people keep using people, it's just a matter of interests.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

I am the master of my fate:
I am the captain of my soul.
magicians don't exist

sábado, 24 de setembro de 2011

Direito de proceder conforme nos pareça, contanto que esse direito não vá contra o direito de outrem.

A liberdade precisa de tomates.
A liberdade precisa de tomates.
A liberdade precisa de tomates.
A liberdade precisa de tomates.
A liberdade precisa de tomates.
A liberdade precisa de tomates.
A liberdade precisa de tomates.
A liberdade precisa de tomates.
A liberdade precisa de tomates.
A liberdade precisa de tomates.
A liberdade precisa de tomates.
A liberdade precisa de tomates.
A liberdade precisa de tomates.
A liberdade precisa de tomates.
A liberdade precisa de tomates.
A liberdade precisa de tomates.
A liberdade precisa de tomates.
A liberdade precisa de tomates.
A liberdade precisa de tomates.
A liberdade precisa de tomates.
A liberdade precisa de tomates.

Declaração

são vocês que não me deixam ser eu. são vocês que controlam todas as minhas pulsões até ao limite do vosso aceitável. são, são vocês que não me amam incondicionalmente pois se o fizessem saberiam que são as minhas diferenças que nos tornam iguais. eu vou continuar a ser quem sou, seja lá o que isso for, e não preciso mais de pedir autorização ao mundo para existir.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

a minha segunda casa é quando me observo observando-vos.

a festa de anos

por momentos desejo-vos tão intrinsecamente que me obrigo a gritar por normalidade. afinal, todos queremos passar um bom bocado. nós, os intelectuais, somos como as cebolas. cheios de camadas que nos impedem de ser genuinamente verdadeiros, de verdadeiramente nos autorizarmos a entregarmo-nos de espírito e vontade aquilo que no fundo desejamos.

não passamos de pequenos enjoadinhos empalados com preconceitos e ideias feitas sobre aquilo que em nós próprios já não suportamos.

ao meu inconsciente

caminhamos lado a lado. sem sabermos buscamos o rumo das coisas, o rumo às coisas que só elas com o tempo nos darão. tu ficas por aqui, eu sei.
suponhamos que existe tal coisa como a normalidade. afinal eles adubam-me todos os dias para que alcance esse conceito. então, se aceitarmos que existe um determinado nível comum que é saudável a todos definimos a normalidade. eles depois tratam de definir o anormal. não é possível, não não é possível que apenas a quantidade certa de algumas características nos faça ser igual ao próximo. o próximo que não é normal nem é igual nem pode ser mais anormal pois a normalidade é um conceito tão irreal como a diferença. vou só ajustar os meus níveis, amanhã falamos disto…

sou tao pequena

sou do tamanho da minha mesquinhez. a preguiça já me levou as asas, ficaram-me os pés bem assentes na terra. não me servem de nada senão para os enterrar um pouco mais fundo nesta terra onde já ganhei raízes.
Faz tempo que não cerro os dentes e tudo até aqui foram batalhas. caminhei até este momento na história, na minha história, como um soldado na linha da frente. a certeza de que as minhas pequenas batalhas me trariam liberdade conquistavam terreno ao inimigo, e assim fui fazendo a história, a minha história.
com o tempo deixei de cerrar os dentes, deixou de ser preciso. as palavras passaram a ter o impacto que sempre achei que deveriam ter e parece-me que a minha voz se tornou mais grave. Talvez tenha começado a falar mais alto. Talvez tenha simplesmente aprendido a ouvir…
se o amor matasse, já estávamos mortos. gosto tanto de ti que choro se me obrigam a verbalizar tal sentimento. quero-te aqui, porque és só tu neste presente que me satisfazes. nós temos o hábito de nos amarmos diariamente - segundo me constou
ÉTUDOFALSO.TUDOÉFALSO.ÉTUDOFÚTIL.TUDOÉFÚTIL.ÉTUDOSUPERFICIAL.TUDOÉSUPERFICIAL.OSOUTROSVAZIOSSUPERFICIAIS.ELESFAZEM-MEASSIMOCASUPERFICIAL.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

é preciso conteúdo, substância. é preciso bem mais que isto, bem mais que qualquer coisa.

sábado, 10 de setembro de 2011

I could no longer play I could not play by instinct,
Francesca Woodman 

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

A margarida uma vez disse-me - "o que é real é o que se concretiza"

- Está na hora de te fazeres uma mulherzinha! - dizem-me eles em tons condescendentes enquanto me dão palmadas nas costas e esperam que os paradoxos que criaram não se propaguem muito para além do meu B.I.. Eu faço ouvidos moucos como tenho feito toda a vida, aliás é o que de melhor tenho feito toda a vida, para não lhes dizer crua e cruelmente que não me interessa superar-me. Que não procuro o meu êxito. Que já há muito me habituei à minha mediocridade. Eles sim almejam o meu sucesso. Espelham-se na minha realização. Eles sim só eles querem o meu bem.
- Já estava na altura de te vermos com algumas concretizações, menos ideias e mais acções... - dizem com mais uma palmadinha. Eu sinceramente vivo bem no meu mundo procrastinado onde me maldigo insistentemente por nunca cumprir com o que me proponho e por nunca me propor a cumprir o que maldigo. Eles, os outros é que não vivem bem comigo e eu por conhecer o seu mal-estar disponho-me também a ser incómoda. E assim vamos vivendo condescendentemente numa comichão cómodamente suportável.
Oh, se vos dissesse a verdade....não me interessam os desafios intelectuais, não me interessam as novas gramáticas, as bases da filosofia ou o direito universal, não me interessa ser um pequeno génio da matemática, descobrir a cura para a sida ou criar novas correntes artísticas. Interessa-me sim tão profundamente o desafio dos mistérios subtis da natureza humana e se vocês me observassem como eu vos observo perceberiam que nada há de mais fascinante que estas ligações simples que estabelecemos.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

"(...) É preciso que saibas que entre a liberdade e a segurança, a grande maioria nunca escolhe a liberdade. A liberdade precisa da coragem de lutar com o medo, sem a certeza de o vencer. E o medo existe sempre, ontem, hoje e amanhã, e a coragem é tão rara como o espírito que ama a liberdade. Agora, regularmente, somos convidados a usar o boletim de voto para escolher a burocracia que vai gerir a nossa miséria.
(...) 
Prefere-se correr o risco da desumanização a correr qualquer risco que ponha em causa a nossa segurança, conforto, bem-estar. O fito das nossas vidas regula-se por algo tão abstracto e instável e ilusório como estar bem, ficar bem, continuar bem, e para tal todos os meios são aceitáveis. Ambicionar outra coisa é loucura ou estupidez. E, é claro, sentimo-nos cada vez piores, como não podia deixar de ser. A dor, o sofrimento, a perda têm de ser eliminados através do esquecimento. Só se for assim.
(...)
Os tempos condicionam-nos, mas não nos atingem de modo a que possam ser transformados, convictos de que viver só pode querer dizer viver livre, mesmo quando forçados a aceitar a máscara da escravatura, do escravo que é mais livre do que o senhor que dele depende. (...) " 

Pedro Paixão
Muito, meu amor 
 
é o admitirmos a nós próprios que somos demasiado maricas para descalçar a pantufa deixar tremer a perna e correr atrás de um sonho. é concluirmos que afinal somos iguaizinhos aos outros com medo, com preguiça, acomodados. vou ajeitar-me mais uns tempos a este meu modo de viver insatisfeito porque sou comodista.

this is a mans world

limitas-me e atrofias-me o ser até aos espasmos incontroláveis da tua existência ficarem finalmente saciados. no fundo, para ti, eu sou ou devo ser apenas uma continuação do teu maravilhoso intelecto vasto e cheio de profundidade. para ti, nada há de espantoso na minha criação aliás considera-la tão ordinária que nem merece que lhe dispenses qualquer tipo de atenção e por isso limitas-te a limitar-me com todas as armas que possuis. para ti, ao contrário do resto do mundo, sou um mero vegetal que diz umas coisas acertadas de quando em vez, que dá espectáculo e faz vista grossa ao mundo, sou um freakshow de trazer pela rua e isso dá jeito para apresentar ao mundo. mas quando me pergunto se acreditas em mim se alguma vez paraste para me ver chegar longe sei que me dirias que não. é dessa verdade nua e crua que morro de medo, não sei se de que tenhas razão se de que nos afastemos



























- devido a divergências artísticas.