segunda-feira, 28 de novembro de 2011

ser rude

fodes-me, toda, a vida com um caralho que passou a vida enfiado em gordas.

abaixo demonstração do meu pequeno cérebro drunfado

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colagem

portas,como,um corpo.em tons de suicídio batem, a cair do nono andar............. como se fossem portas um corpo bate quando cai do nono andar............como tons de suicídio se fossem portas a cair do nono andar.......a cair do nono andar um corpo, batem portas em tons de suicídio............. suicídio do nono andar, batem corpos como portas.

e pedes-me para amar como a estrada começa?

a escola

no meu cérebro ouvem-se moscas.
diz que é da falta de actividade.
eu já nem me dou ao trabalho de dizer que não.

sábado, 19 de novembro de 2011

Miopia Legalizada

caminhamos todos os dias nesta realidade pouco ou nada conhecida. relatamos pormenorizadamente os nossos dias para garantirmos que servirão de base a futuras sociedades sobre-humanas que sinceramente nem um tusto darão sobre o que construíste, amigável ser humano. vives com a consciência de que o teu esforço diário para ultrapassar a tua mediocridade é um saborzinho a evolução, sabes também que no fim do dia é ele que te satisfaz.  Mas nem o saborzinho é real. Tu só sabes o teu nome porque te chamam. Um cão só te conhece por te cheira e ainda assim tu insistes em chama-lo. Ele não se organizou como tu, felizmente, ele ainda existe numa vasta comunidade de iguais que o cheiram também, ele ainda cheira para conhecer, ele ainda monocromaticamente te vê para te atacar. Tu crês que por chamá-lo o forças a ser igualzinho a ti, mas ele continua a cheirar-te e um dia, depois de o educares segundo as regras da inexistente sociedade democratica e politicamente correcta em que pensas habitar, ele ataca-te de frente quando o fitas. Tu, homenzinho adorável, achas o ataque uma afronta ética à tua moralidade, mas tu, homenzinho adorável, não sabes nunca atacar ninguém de frente.
Pensas-te observador da realidade concreta, mas a verdade que tu não enfrentas é que o facto de organizares os teus conceitos como um míope te torna um imperfeito desconstrutor da realidade. Desconstrutor? - perguntas-me. - Parece-me interessante. Não, homenzinho adorável, tu não és um desconstrutor eficiente és apenas mais um condicionado. Desconstróis, segundo crês, com as tuas tecnologias avançadas mas apenas à tua medida, exactamente da mesma maneira que só sabes o teu nome porque te chamam. Todas as noites cheiras o sexo da tua mulher e não imaginas a que sabe. É em todas essas noites que a seu lado numa quérquera ilegal mas consentida idealizas mulheres robustas emanadas dos teus mais sádicos e recalcados fetiches. É nessas noites também que não consentes olhar para o lado e pôr em prática essas alucinações, pois o que é real está ao teu lado. Não, não - dizes-me - o que é real está na minha cabeça, onde vocês existem e são maus. 
Não me construas fachadas à espera que eu acredite, a tua decomposição da realidade nunca é acidental porque tu não o permites, és pouco natural e só sabes fazer o que te ensinam. O teu cérebro ganha bolor pela sua utilização rotineira, tu és um pequeno animalzinho de hábitos e acreditas que o bolor, como a morte, faz parte da vida. Tu copias com os olhos. Não copies com os olhos. Não copies com os olhos! Não copies com os olhos! Concentra-te, concentra-te a fundo, esquece por momentos todos os séculos de humanizada civilização que te proporcionaram e aprecia o caos. Entrega-te, todo, como nunca fazes. Depois, procede reflectidamente a uma acidental decomposição da realidade. Depois, procede a uma interiorização do "caos dos fenómenos visíveis que enchem o espaço". Depois, procedes, em último, a uma concentração da decomposição. Agora, homenzinho amigável, és livre e aberto a infinitas possibilidades.....



Mas não me leves a serio, ser humano, acho que o cérebro é um orgão sobrevalorizado.