segunda-feira, 29 de agosto de 2011


cheiro-te a pele, com neutralidade subjectiva.
reconhecia-o do outro lado do rio, se precisassemos.

o mundo é tão pequeno 
e todos os lugares são nossos

domingo, 28 de agosto de 2011

"How much of you is real. How much of you is in that pill"


alguém

sábado, 20 de agosto de 2011

sou uma superfície superficial.
tudo o que toco é superficial.
leviano; não profundo.falso; aparente.


eu sou aquilo que odeio.
                                           a                                             p e q u e n e z

a pequenez

a pequenez é um estado de alma.
cresce-nos, por entre os dedos, a vontade reprimida de desdizer o outro e recalcar a elegância transmitida a ferros pela boa educação dos nossos progenitores. sussuramos, entre ouvidos, a vida de uma, os feitos do outro e as desgraças do próximo com o ombro que por um mero acaso se encontrar por ali e que também por um mero acaso tiver um ponto a acrescentar à história.
a pequenez é um estado de alma e propaga-se. se o deixarmos chocar ele deixa-se ficar e entranha-se aos poucos nos recantos do nosso, já de si rarefeito, intelecto. a pequenez é um estado de alma e propaga-se tal e qual como o boato e o mexerico de ombro em ombro de ouvido em ouvido.
a pequenez é um estado de alma. é um estado de alma a pequenez que nos deixa mais pequenos logo de pequenitos. logo de pequenitos brincamos ao pequename com a pequenada e é assim de pequeninos que nos criam na cultura da pequenez. de geração em geração, passam o gene da pequenez acabrunhada, mesquinha, picuinhas, infame, vil e maldizente e assim vão nascendo pequenas crianças mais acabrunhadas mesquinhas picuinhas infames vil e maldizentes que a pequenada com a pequenez anterior.
e é assim que a pequenez se propaga num estado de alma pequenino, pequeno e pequenote que agrada a todo e qualquer portuguesote.
e o português que não é pequeno, é o português que sonha demais - acusam-me eles apontando para o alto do meu pedestal.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

a minha verdade conveniente


o caos do burguês das avenidas novas

atrai-me o caos.
atrai-me o dessarranjo do mundo.
atrai-me a desorganização social, a esventralização das virtudes humanas em meras putrefacções banais.
atrai-me o porco, o sujo e o vil.
atrai-me o que não pertence, o que não faz parte, o desintegrado.
atraem-me os que desintegram, os que causam o caos.
atraem-me os filhos do caos e da promiscuidade.
atrai-me a anarquia das organizações mundias.
atrai-me a violência gratuita, o rebelde sem causa e o fora-da-lei.
atraem-me os James Deans do sec. XXI que por uma razão ou por outra provocam a destruição massiva da ordem do pré-estabelecido.
atrai-me a ocupação das casas sem licença, o esmagamento das forças policiais, a opressão à força laboral.
atrai-me o que não faz sentido, o anarquicamente irracional.
Vocês criaram a besta agora alimentem-na de caos, seus liberais conservadores!

ouvi-me contar

foi aos 18 anos que me dividi.
na procura da união de um eu que não sei se existe dividi-me em múltiplos para garantir a minha individualidade.
cada um limitado à sua função criativa proporcionam-me a plenitude mental que almejo e não alcanço num ser uniforme.
dou-vos espaço, dentro de mim, para que se multipliquem livremente e deixem crescer as vossas raízes artísticas pois é assim que eu fundamento os meus próprios alicerces criativos.

não me fujam, por favor.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

sem grandes expectativas não há grandes desilusões.

(epi)curem-se, amigos, (epi)curem-se.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

lineariedade linearmente linear

as linhas são o limite do mundo.
lineariedade linearmente linear
são elas que delimitam o mundo.
lineariedade linearmente linear
elas, a junção dos pontos, são o separador das classes, a definição entre o fim de um conceito e o começo de outro.
lineariedade linearmente linear
é assim, neste cloisonismo limítrofe que os humanos se relacionam e constroem relações, lineares.
lineariedade linearmente linear
na procura de, ponto a ponto, preencherem ou alcançarem a linha os humanos linearmente racioais provocam no mundo um divisionismo sectorial que os leva a observarem-se geometricamente.
lineariedade linearmente linear
e assim na concepção mais primária do mundo cremos que a linha é o limite. de tudo. o limite de todos.
lineariedade linearmente linear


não há lineariedade mais linearmente linear do que a linearidade de já estarmos no limite desta linha.........................................................
é o fim, como é hábito. não vos é tão confortável?

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

todo.
de todos.
a linha é o limite.