terça-feira, 20 de dezembro de 2011

pussy

era muito mais fácil quando nem esperavam por mim.
era tão mais fácil se não esperassem de mim.
mas esta realidade não é fácil, é para isso que existem as drogas.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011




"You make everything...groovy

I said Wild thing

Wild thing, I...think I love you



But I wanna know for sure

So come on, and hold me tight"

verdete

cheira mais a merda aqui que em qualquer lado.

esta gaiola rebenta de feno que apodreceu.

tu também sabes a feno que apodreceu e porque te nasce bolor em todos os poros delicia-te trancares-me.

sabes que o cérebro também precisa de rotatividade e o bolor costuma pegar-se.

na fraca imprevisibilidade das tuas rotinas, quando olhares para o lado e depois olhares em frente vais encontrar a porta aberta.

entretanto o pássaro voou e lá de cima, onde és tão pequena, ele ri-se pois até o sabugo das unhas te levou.
tas-me a consumir, tás-me a consumir.
dou-te uma trinca mas nunca desapareces.
acho que desconheces o conceito de privacidade

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

aurora boreal

o tempo é uma invenção,
do que não existe,
que não existe.

tendo calma conto
os segundos da convenção
eles, contam, ao ritmo deles.

eu, invento novos segundos, novos minutos
e outros separadores de tempo
como os cigarros.

quando amo
não existes
porque não deixo.

tu não me deixas
e chamas-me para jantar
a carne está sempre fria.

quando paro para pensar
que a carne está sempre fria
demoro-me a perguntar se esta convenção já existia.

o céu já foi construído hoje?
não o organizes
não és natural.

afasto-me do que chamam rotina
tu não me deixas
não me deixas.

achas que nasceste para viver assim?
sempre preso a um centro
sempre rodando num círculo.

o sol vai transformando a luz
a luz transforma-se numa outra luz
e tu ficas, eternamente, preso.

se és eterno, eternamente
reinventa-te, eternamente
a rotina mata-te internamente.