quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

VOCÊS, as que me comem o sentido....

Convosco, suas putas vadias, acabo sempre assim...
Insatisfeita. Maldita, desdita. Amarga e por dizer
Sabem-me a pouco vocês, sabem(?)...
Vocês, trocam-me as voltas!
Sim, é isso mesmo.
Escondem-se atrás do figurativo, conotativo,
do objectivo, do subjectivo, do substantivo, do adjectivo.
E eu fico no meio, porque já me perdi.
E atrás de mim já o signo se perdeu;
Porque o signo não é palpável mas é concreto
E precisa de morada. Algo que vocês não têm.

Eu entretanto vinha falar-vos de algo
Mas vocês, rameiras da ordem, já me impuseram as regras.
E já não sei.
Outra vez, não me apetecem pontos finais, acentos, travessões
Porque o pensamento e torrencial e e meu
A pontuacao e dos/para os outros
E eu nao quero
Nao quero mais

E agora ja nao vos falo de nada
Porque voces sabem me a pouco
E se eu ficar calada
Voces nao tem troco
E quanto menos eu disser
Mais voltas voces dao
Os outros dao
E levam me atras












No fim lemos todos o mesmo
Com palavras diferentes
Agora vamos todos sentar nos
Numa roda sem figuracoes
E muito calmamente vamos partilhar o silencio




que esse ao menos me diz por inteiro

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