Um inútil mundo governado por inúteis inutilmente entregues a tarefas tão inúteis quanto eles. Os outros, tão inúteis como os outros, no tentar tornarem-se inutilmente úteis correm inutilmente uns atrás dos outros, atrás dos outros, atrás dos outros.
Eles, os outros, os principais (?) inúteis, correm atrás dos outros outros para manterem inutilmente esta cadência inútil. E agora são uns atrás dos outros com os outros atrás deles. Arrastam-se todos, orgulhosos, numa inutilidade sobeja e reconhecidamente inútil. Os outros com os outros outros com os outros dos outros e assim por diante, inutilmente. Os inúteis dos governantes debitam inutilizáveis governações para que os ainda mais inúteis governados se inutilizem a torná-las utilitárias. Assim, anulam-se todos alegremente.
Ficam inutilmente felizes como ficam inutilmente tristes – porque todos os sentimentos são inúteis – com a inutilizável anulação. Numa inutilizável fertilização de inutilidade, os inúteis congratulam-se uns aos outros por tão inútil trabalho concretizado de forma tão primorosamente inútil.
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