Tendo, por norma, a manter platonicamente distantes estas minhas paixões esquizofrénicas. Quanto maior o distanciamento, mais tranquilizante se torna. Conformo-me com a ideia, apaixono-me pelas poucas palavras que lhe conheço e habito o confortável ideal de que gosto dele.
Faço sabotagens ao dito amor sem que ele tenha a oportunidade, ainda que prematura, de se afirmar.
Sem qualquer reconhecimento físico ou aproximação táctil, construo-te e desconstruo-te as vezes que quiser dentro de mim. Tu nem sabes, mas coabitamos alegremente numa poetização idealizada.
Matando o amor, mato-me de fome.
Mas assim é mais fácil…
Sem justificações.
Sem evoluções.
Sem expectativas.
Muda a maré
Há 1 semana
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