Mantemos sempre essa expectativa.
A de conhecer tudo ao mais ínfimo pormenor, destruir o mistério, duvidoso, alcançar a realidade tangível e palpável de todas as coisas.
Realidade bem delimitada, concentrada, racionalizada e digerida; nada pode escapar e tudo é concebido mais uma vez ao pormenor.
Pormenor. Tentamos estupidamente descentralizar-nos, rebentar a nosso bolha ou pelo menos ter em conta as bolhas dos outros. Tentativa falhada, obviamente! Assim vamos procurando definir tudo segundo o nosso umbigo, salientando nos outros aquilo que de bom queremos construir em nós e fugindo do mal dos outros, e até do nosso, como o diabo da cruz.
Como se fossemos desformatáveis ou de fácil modelação e não existissem factores predefinidos para o nosso carácter. Afinal, somos todos animais(,) selvagens.
Não percebo esta necessidade do Homem, dito, Moderno fazer representações, definições e conceptualizações de tudo o que acontece. A genuínidade das coisas é o que a Natureza tem de mais espontâneo e purificador para nos oferecer, porque é que em vez de simplesmente a aproveitarmos tentamos a tudo o custo representá-la mentalmente?
Ah, claro, somos todos animais racionais. Temos, SEMPRE, que transcender a realidade do incompreensível. Tornar o intocável em possível.
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