sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Dizem Que Não Sabiam Quem Era

Ah! Ah! Ah! Dizem que fazia amor com qualquer um
E que se drogava
Ah! Ah! Ah! Dizem que foi apanhada a ver o mar
Com outra mulher
Hum! Hum! Hum! Dizem que foi encontrada morta
Os pulsos cortados ...

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Porquê#2

Porque é que já não há bandas de rock psicadélico? Onde se enfiou o kozmic blues?

domingo, 21 de fevereiro de 2010

The Son of Man



Mantemos sempre essa expectativa.
A de conhecer tudo ao mais ínfimo pormenor, destruir o mistério, duvidoso, alcançar a realidade tangível e palpável de todas as coisas.
Realidade bem delimitada, concentrada, racionalizada e digerida; nada pode escapar e tudo é concebido mais uma vez ao pormenor.
Pormenor. Tentamos estupidamente descentralizar-nos, rebentar a nosso bolha ou pelo menos ter em conta as bolhas dos outros. Tentativa falhada, obviamente! Assim vamos procurando definir tudo segundo o nosso umbigo, salientando nos outros aquilo que de bom queremos construir em nós e fugindo do mal dos outros, e até do nosso, como o diabo da cruz.
Como se fossemos desformatáveis ou de fácil modelação e não existissem factores predefinidos para o nosso carácter. Afinal, somos todos animais(,) selvagens.







Não percebo esta necessidade do Homem, dito, Moderno fazer representações, definições e conceptualizações de tudo o que acontece. A genuínidade das coisas é o que a Natureza tem de mais espontâneo e purificador para nos oferecer, porque é que em vez de simplesmente a aproveitarmos tentamos a tudo o custo representá-la mentalmente?
Ah, claro, somos todos animais racionais. Temos, SEMPRE, que transcender a realidade do incompreensível. Tornar o intocável em possível.
Como é que eu posso acreditar que o Homem é bom por natureza se eu sou podre de raiz?

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Forgiveness liberates the soul.
It removes fear.
That is why it is such a powerful weapon.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

I was thinking how a man could spend thirty years in prison, and come out and forgive the men who did it to him...

Out of the night that covers me,
Black as the pit from pole to pole,
I thank whatever gods may be
For my unconquerable soul.

In the fell clutch of circumstance
I have not winced nor cried aloud.
Under the bludgeonings of chance
My head is bloody, but unbowed.

Beyond this place of wrath and tears
Looms but the Horror of the shade,
And yet the menace of the years
Finds and shall find me unafraid.

It matters not how strait the gate,
How charged with punishments the scroll,
I am the master of my fate:
I am the captain of my soul.


Invictus

FREEDOM

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Pensar incomoda como andar à chuva

Eu nunca guardei rebanhos,
Mas é como se os guardasse.
Minha alma é como um pastor,
Conhece o vento e o sol
E anda pela mão das Estações
A seguir e a olhar.
Toda a paz da Natureza sem gente
Vem sentar-se a meu lado.
Mas eu fico triste como um pôr de sol
Para a nossa imaginação,
Quando esfria no fundo da planície
E se sente a noite entrada
Como uma borboleta pela janela.

Mas a minha tristeza é sossego
Porque é natural e justa
E é o que deve estar na alma
Quando já pensa que existe
E as mãos colhem flores sem ela dar por isso.

Como um ruído de chocalhos
Para além da curva da estrada,
Os meus pensamentos são contentes.
Só tenho pena de saber que eles são contentes,
Porque, se o não soubesse,
Em vez de serem contentes e tristes,
Seriam alegres e contentes.

Pensar incomoda como andar à chuva
Quando o vento cresce e parece que chove mais.

Não tenho ambições nem desejos
Ser poeta não é uma ambição minha
É a minha maneira de estar sozinho.

E se desejo às vezes
Por imaginar, ser cordeirinho
(Ou ser o rebanho todo
Para andar espalhado por toda a encosta
A ser muita cousa feliz ao mesmo tempo),

É só porque sinto o que escrevo ao pôr do sol,
Ou quando uma nuvem passa a mão por cima da luz
E corre um silêncio pela erva fora.

Quando me sento a escrever versos
Ou, passeando pelos caminhos ou pelos atalhos,
Escrevo versos num papel que está no meu pensamento,
Sinto um cajado nas mãos
E vejo um recorte de mim
No cimo dum outeiro,
Olhando para o meu rebanho e vendo as minhas idéias,
Ou olhando para as minhas idéias e vendo o meu rebanho,
E sorrindo vagamente como quem não compreende o que se diz
E quer fingir que compreende.

Saúdo todos os que me lerem,
Tirando-lhes o chapéu largo
Quando me vêem à minha porta
Mal a diligência levanta no cimo do outeiro.
Saúdo-os e desejo-lhes sol,
E chuva, quando a chuva é precisa,
E que as suas casas tenham
Ao pé duma janela aberta
Uma cadeira predileta
Onde se sentem, lendo os meus versos.
E ao lerem os meus versos pensem
Que sou qualquer cousa natural —
Por exemplo, a árvore antiga
À sombra da qual quando crianças
Se sentavam com um baque, cansados de brincar,
E limpavam o suor da testa quente
Com a manga do bibe riscado.

Porquê #1 Precisamos de um real problema

(porque) É necessário ter uma justificação prévia para a infelicidade?

sábado, 6 de fevereiro de 2010

BACK TO BLACK