quinta-feira, 26 de novembro de 2009

People are strange

People are strange when you're a stranger
Faces look ugly when you're alone
Women seem wicked when you're unwanted
Streets are uneven when you're down

When you're strange
Faces come out of the rain
When you're strange
No one remembers your name
When you're strange
When you're strange
When you're strange

People are strange, The Doors

sábado, 21 de novembro de 2009

Home is where the heart is

I've listened to this statement my whole entire life and I thought I trully believed in it. But now i'm not so sure about it.
I really never took the time to sit down and think about it but I think that things come to you (for a reason)...And this days this expression came to my head a bunch of times.
Today I can assure you that I do think that home is where the heart is.
But, I know it sounds sleazy, I really don't know where my heart is!
And I desperatly need to come home....

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Provide a running comentary on the patient's actions

Hallucinations are defined as false perceptions in the absence of a real external stimulus. They are perceived as having the same quality as real perceptions and are not usually subject to conscious manipulation.
Hallucinations in schizophrenia may involve any of the sensory modalities. The most common are auditory hallucinations in the form of voices (...). Although voices in the second person are most common, the characteristic "Schneiderian" voices are in the third person and provide a running comentary on the patient's actions, arguing about the patient or repeating the patient's thoughts. Voices may be imperative, ordering the patient to harm himself or others. (...)

in An Atlas of Schizophrenia

domingo, 15 de novembro de 2009

O mundo não nos importa

Chorar baba e ranho num transporte público
Escondendo a cara
Sem fazer barulho
Vontade incontrolável de fungar desalmadamente
Mas passar despercebida
Queria chorar a serio, com rios, ranhos, tudo incluído
Excluo essa hipotese
Ninguém pode perceber.
O que seria se percebessem?
"É uma desgraça alheia!" pensam.....
O mundo não (n)os importa!

Mesmo se importasse
Só queriam o motivo que
Julgariam consoante o seu ponteiro de razoabilidade
"Tenha paciência, não é razão para isso!"
"Como é difícil, coitada!..."
Feito o julgamento, caíria o silêncio, o sepulcral, cavernoso....
Depressa voltariam à sua vidinha.
Pois o nosso mundo (só) começa dentro da nossa porta!

O riso é purificador
Disse alguém
Chorar também
Digo eu
No entanto
Somos completamente limitados para fazer as duas coisas
Rimos com vontade um dia inteiro
Enlouquecemos
Choramos sem razão
Loucos estamos
Não pede(imos) licença ao mundo.

Chorar ou rir a plenos pulmões
Já não é politicamente correcto
Aliás, nunca foi!
Peço desculpa, minha querida sociedade
Hoje quis chorar só porque sim
É que eu detesto ser moralmente falsa.
Mas não se preocupem
o meu mundo só começa dentro da minha porta!

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Invasão II

Lisboa, 12 de Janeiro de 2009
Mãe,
Qualquer coisa que te diga nunca vai ser suficiente. Assim, digo só isto: amo-te.
"Mãe, tenho pena.
Esperei sempre que entendesses as palavras que nunca disse e os gestos que nunca fiz. Sei hoje que apenas esperei, mãe, e esperar não é suficiente.
Pelas palavras que nunca disse, pelos gestos que me pediste tanto e eu nunca fui capaz de fazer, quero pedir-te desculpa, mãe, e sei que pedir desculpa não é suficiente.
(...)
Lê isto: mãe, amo-te.
Eu sei e tu sabes que poderei sempre fingir que não escrevi estas palavras. Sim , mãe, hei-de fingir que não escrevi estas palavras, e tu hás-de fingir que não as leste. Somos assim, mãe, mas eu sei e tu sabes."
Gostava que soubesses o quanto gosto de ti, porque, grande parte das vezes, és dás únicas pessoas que me devolve o sentimento. Gostava que soubesses a tristeza que sinto sempre que me vou embora mas nunca choro, mãe, não à tua frente. Gostava que soubesses a angústia que sinto cada vez que sei que vais passar a semana sozinha. Mas nunca telefono, mãe. Gostava que soubesses como sinto a casa fria e vazia de cada vez que vais embora. Mas nunca te digo, mãe.
"Mãe, eu sei que ainda guardas mil estrelas no colo. Eu, tantas vezes, ainda acredito que mil estrelas são todas as estrelas que existem." Se eu pudesse acreditar nisso para sempre...
Assusta-me saber que para atingir o que quer que seja tenho que lutar, que estou a crescer e que a partir daqui só vai ser mais complicado. Apesar de todas as minhas tentativas de emancipação e rebeldias precoces, assuto-me sempre que percebo que agora estou por mim e que o que quer que tenha que enfrentar agora será, cada vez mais, sozinha.
Mas obrigada, mãe. Eu sei que muitas vezes assustada, também, nunca desististe de fazer o que achaste melhor para mim. Mesmo com todas as nossas argumentações invalidas e com todos os nossos choques de personalidade, nunca duvidei do teu amor.
Por todas as tuas tentativas, pela tua resistência, por toda a compreensão, por todas as discussões quero agradecer-te. Há tanto teu em mim, mãe, depois de todos estes anos só gostava que percebesses que apesar de sermos muito iguais somos muito diferentes.
Não há nada mais que possamos fazer, mãe....

Invasão I

Lisboa, 1 de março de 2009
Podia dizer-te uma carrada de frases feitas como nada de mal dura para sempre, depois da tempestade vem a bonança ou o que não nos mata torna-nos mais fortes, mas não vou fazê-lo porque quero mesmo que percebas...
Acredita que nestes 6 meses cresci por dois anos e é com muita pena que já percebi que por muito que queira já não tenho 13 anos e o que tive contigo já não pode voltar. O que nos temos (ou tivemos) levou muito tempo a construir, foi preciso manter, irritar e acalmar, foi preciso cuidar e isso é algo que já ninguém nos pode tirar. Agora já tenho o distanciamento necessário para olhar para nós com o carinho que é devido e não com a raiva e o sentido de posse de antigamente. Sei que apesar de tudo, o que eu tive contigo vai levar muito tempo a construir com outra pessoa porque a segurança, o conforto, a confiança que tu me dás mais ninguém me pode oferecer. Pelo menos, como é óbvio, sem que eu perca tempo para que isso aconteça e, como estás farto de saber, também não estou em condições de refazer tudo isto com outra pessoa.
Adorava poder dizer-te que sim e tudo voltava ao que era antes, mas não...Porque mudámos e fico feliz por perceberes que os nossos interesses são demasiado diferentes. E eu quero e preciso de mais, quero sempre a perfeição sonhada, as minhas ilusões idealizadas e sei que estou mal e que é surreal acreditar que não posso falhar, que errar não é humano, que as coisas correm sempre bem logo à primeira e, acima de tudo, que a perfeição existe. Mas, tu sabes que preciso de tratar de mim, de por uma vez na vida ser saudavelmente egoísta.
Gostava tanto de estar contigo só para voltar a casa, só para me trazeres aquela ilusão reconfortante de que te preocupas comigo, de que me proteges, me dás miminhos e gostas de mim mas não posso Diogo porque não tenho o direito de te usar só porque já te conheço e és um porto de abrigo de todas as minhas confusões, dos meus sonhos e do meu crescimento.
Acho que não é saudável para ti depositares grande parte da tua felicidade em mim porque, tal como eu, também cresceste. Sabes que acredito que ainda podemos ser muito felizes e que como amigos temos muito para dar. Também quero que saibas que, ao contrário do que possas pensar pensar, aquilo que se passa contigo não me é indiferente e que me interesso muito pelo teu bem-estar.
(...) E se há lições que já aprendi é que é perfeitamente normal estar sozinho porque a solidão é reorganizadora, que é perfeitamente normal ter dias de merda como também é perfeitamente normal saber que as coisas se endireitam pouco tempo depois, que às vezes pessoas que não estás à espera te surpreendem e acabam por tomar papéis importantes na tua vida. E que, por muito que aches que não, tens sempre muita gente que gosta e se interessa por ti.
Sabes que nunca tive jeito para escrever mas o que quero que saibas é que quero mesmo que fiques bem e que sejas feliz e que, aconteça o que acontecer, podes sempre contar comigo...
Gosto muito de ti!

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

It melts with you

It is just amazing the way music melts in your body. It awakes all your senses and makes you feel, somehow, completely high. You feel a tingle from head to toe and emerge in an all new dimension where every little sound matters. All your body is working like one perfect sinfony to the sound of those voices.
Slowly, music enters in you. Shily, your left foot starts to acompain the rythim. Shily your right foot comes along too. The vibe runs up your legs and hits your upper body, you feel your hips, your arms, your hands fervently moving to the sound. Then, all the movement returns to your head, where it all began, and you feel as a whole.
This is just the warm up. You start to get involved in the concert, familiarizing with the space, getting used to the people, experiencing the warm feeling in the room. That music! We sing it with all we have. That chorous, like one only voice. All together, all united, all so free of preconceived judgements.
After living all the emotions you could possibly live in the space of an hour an hour and so, you calm down and snap your fingers to the sound of that last music they came to sing us....You feel like if an hurricane had been inside you all that time. Slowly, again, you find a way to get out of that space where everytinhg happened.
I'm still wondering what kind of feeling can ravish you like this, I've never been able to find the answer.
Until I figure it out let's just sing....
If only they could see, if only they had been there
They would understand, how someone could have chosen
To go the length I've gone, to spend just one day riding
Holding on to you, I never thought it would be this clear

domingo, 1 de novembro de 2009

XXI

Ama como a estrada começa